Surgimento do crack aconteceu nos EUA

De acordo com o pesquisador americano Ney Jansen, o surgimento do crack ocorreu na década de 1970, mas se tornou popular na década seguinte entre moradores de bairros pobres de grandes cidades dos Estados Unidos, como Nova York, Los Angeles e Miami, principalmente entre jovens negros e de origem hispano­americana.

Uso da droga no Brasil começou por grupos que viviam nas ruas, mas hoje há viciados em todas as classes. Foto: Robson Ventura / Folhapress
No Brasil, acreditasse que o surgimento do crack se deu na década de 1980. Em 1989, é relacionado o primeiro relato de uso, na cidade de São Paulo. Dois anos depois, foi feita a primeira apreensão. Acredita-se que a droga tenha entrado no país pelo Acre, vinda da Bolívia e do Peru. O uso da cocaína apresentava uma escalada em todo o mundo. O crack era a versão da droga usada por grupos marginalizados, muitos deles vivendo nas ruas.
Àquela época, segundo pesquisa do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), os principais consumidores de crack eram homens de 17 a 38 anos, de baixa renda e sem vínculos sociais ou familiares. Porém, com o passar do tempo, as mulheres também passaram a consumir a droga, a se prostituir e a traficar para obtê-la.
Desde o surgimento do crack, o seu mercado se caracteriza pela violência do tráfico, agravada pelos efeitos causados pela droga nos consumidores, que se tornam, ao mesmo tempo, agressivos e vulneráveis.
Atualmente, segundo os pesquisadores Solange Nappo e Lúcio Garcia de Oliveira, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o crack está amplamente disponível em lugares públicos. Há viciados em todas as faixas socioeconômicas e culturais e a droga vem ganhando adeptos na classe média.
Casos notórios foram o do prefeito de Washington, capital americana, e o do primeiro advogado do ex-goleiro Bruno, do Flamengo, flagrados em vídeo usando a droga.
Segundo o médico Carlos Vital Corrêa Lima, vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, desde o surgimento do crack, seu consumo vem aumentando por conta de o Brasil ser rota para o tráfico internacional de cocaína e da vulnerabilidade social de grande parcela da população, sobretudo dos mais jovens.

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