Cantor do Katinguelê teve de se afastar dos amigos por causa do crack

Já analista de negócios prefere dividir com poucos o passado em que gastava R$ 300 em pedras
     
     
 Artur Rodrigues

 Fonte:  O Estado de São Paulo
         
SÃO PAULO - O crack levou o ex-integrante do grupo de pagode Katinguelê, Nelson Laurindo Júnior, de 42 anos, o Juninho do Banjo, para debaixo do Minhocão. "Cheguei a ficar dois meses sem tomar banho. Pesava 45 quilos", lembra ele, hoje com 76 quilos. Compositor de sucessos dos anos 90, como a música 'Inaraí', Juninho costumava torrar em pedras todo o dinheiro dos direitos autorais.
Depois de sete anos de crack, passou a primeira noite sem drogas amarrado a uma cama. Foi levado pela família a uma clínica no interior, onde buscou na reza o conforto. "Era terrível, eu tinha muitos sonhos com droga, o gosto vinha na boca. Era como se meu corpo estivesse cheio de pulgas, coçava, estourava caroço, saíam feridas. Isso durou um mês", relata.



'Hoje, não troco meu pior dia limpo'

Analista de negócios de uma multinacional, R., de 33 anos, divide seu passado com poucos. Ele prefere que só os íntimos saibam do período em que chegava a gastar R$ 300 diários em pedras. "Minha mulher ia trabalhar e eu ficava o dia inteiro usando drogas. Usava 24 horas", conta ele, há dois anos longe do crack.

Antes de conseguir livrar-se da droga, passou por vários tratamentos, teve recaídas e até tentou o suicídio. Em uma chácara, enfrentou a abstinência com ajuda de vários medicamentos e assistência psiquiátrica. "Agora, levo uma vida normal. Não troco meu pior dia limpo pelo meu melhor dia no uso", conta.

Em Limeira, interior de São Paulo, a Ong Unidos Contra o Crack, coordenação Pastor Nilton Santos, realiza trabalho de recuperação e conscientização sobre o mal das Drogas.
          

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