"Usava cocaína como anestésico"
Como é possível se livrar das drogas e dos seus prejuízos?


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O impacto das drogas é grande e o estrago causado não atinge apenas a vida dos viciados. Os prejuízos afetam tanto os usuários quanto familiares e amigos que estão ao redor. Para ampliar ainda mais a zona de destruição, o uso dessas substâncias também compromete o lado profissional dos dependentes.No Brasil, o número de afastamentos do trabalho por uso de drogas tem crescido a cada dia. Dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) revelam que o número de pessoas que precisaram se ausentar das atividades profissionais por causa da utilização de entorpecentes aumentou de forma significativa entre os anos de 2009 e 2013. Por motivo de alcoolismo ou dependência química, o número de auxílios-doença disponibilizados para a população cresceu mais de 50% nos Estados do Amapá, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco e no Distrito Federal.Os vícios comprometem a realização das atividades profissionais diárias, causam redução na produtividade, geram perda de concentração, atrasos constantes e aumento do número de faltas e das licenças médicas, além de outros problemas que impedem o trabalhador de exercer a profissão de forma correta e eficiente. Essas consequências mostram o quanto o uso de drogas pode devastar, por completo, a vida do trabalhador.O economista Renato Junqueira, de 55 anos, sabe bem como o problema dos vícios é capaz de causar uma verdadeira reviravolta na vida das pessoas. “Eu estava passando por dificuldades pessoais e também profissionais, pois a empresa estava enfrentando problemas de gestão. Estava com dificuldades financeiras e não sabia lidar com a possibilidade de fracasso. Eu saía do trabalho, bebia um pouco e usava droga fora do expediente”, conta.Diante das adversidades, o uso se intensificou. A droga, que era usada ocasionalmente, passou a ser usada para afastar Renato da realidade e dos problemas.“Eu pensava: o que fazer daqui para frente? Me esconder atrás das drogas. A cocaína, que era usada de forma recreativa, passou a ser usada como anestésico. Usava porque não queria pensar no momento ruim. Foi como um gatilho para a destruição”, lembra.

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